JOANA FOJO FERREIRA
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O masculino e o feminino

19/11/2011

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Neste dia internacional do homem, deixo um poema de Victor Hugo que enaltece as qualidades distintivas do masculino e do feminino.

Mais do que reforçar a diferença entre homens e mulheres, gostava que este poema nos ajudasse a reconhecer os lados masculino e feminino que existem em cada um de nós, para que possamos, mais do que nos encaixar como mais masculinos ou mais femininos, procurar um equilíbrio interior, em paz com ambos os nossos lados.


O Homem e a Mulher

O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher, o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono; para a mulher fez um altar.
O trono exalta e o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher, o coração. O cérebro produz a luz; o coração produz amor. A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o génio; a mulher é o anjo. O génio é imensurável; o anjo é indefinível;
A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher é a virtude extrema; A glória promove a grandeza e a virtude, a divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência. A supremacia significa a força; a preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher, invencível pelas lágrimas.
A razão convence e as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher, de todos os martírios. O heroísmo enobrece e o martírio purifica.
O homem pensa e a mulher sonha. Pensar é ter uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta. Voar é dominar o espaço e cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu.

Victor Hugo
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Sobre a tolerância

16/11/2011

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Neste dia internacional para a tolerância, trago-vos um lado da tolerância talvez pouco contemplado.

Tolerância é frequentemente sentida como algo dirigido ao outro, com o outro como referência. Eu acho que é importante contemplar o lado do (in)tolerante, o que significa a (in)tolerância do lado de quem a pratica.

Tolerância, na sua face mais visível, implica dar espaço ao outro para ser ele próprio, aceitar o outro nas suas diferenças. No lado menos visível, tolerância implica dar-se espaço a si próprio para se ser quem é, plenamente, aceitar-se nas suas vulnerabilidades, aceitar as suas próprias diferenças.

Quando não me aceito nas minhas diferenças, nas minhas vulnerabilidades, fico intimidado com as diferenças dos outros, elas salientam as minhas próprias, obrigam-me a dar-lhes atenção. E então defendo-me, deste que me afronta quando me mostra que o diferente sou eu também. Projecto nele a responsabilidade pelos meus males e luto com unhas e dentes para não deixar trespassar qualquer resquício da minha insegurança. Estrangulo a possibilidade de diálogo, sem perceber que quem sufoca é o meu próprio eu, aquele que soluça cá dentro, apertado.

Quando consigo arranjar coragem para olhar para os meus lados menos risonhos e dar espaço, presença às minhas dores, às minhas fragilidades, dou-me também espaço a mim para me aceitar na diferença, respeitar-me pelo que sou, permitir-me ser de forma mais tranquila e mais autêntica.

E na medida em que me tolero e respeito mais a mim, melhor tolero e respeito o outro.
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Nunca é tarde

13/11/2011

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cada um de nós nasce
com um artista lá dentro
um poeta, um escultor, um aventureiro
um cientista, um pintor
um arqueólogo, um estilista
um astronauta, um cantor, um marinheiro
e o sonho e a distância
e o tempo e a saudade
deram-nos vida, amor, problemas
mentiras e verdade
e damos por nós mesmos descobrindo
que agora, se calhar,
já é um pouco tarde

e nas memórias velhas
e secretas da menina
morou sempre aquele sonho
de um dia ser bailarina,
actriz, modelo, princesa
muito rica, eu sei lá…
Mas os anos correram
num assombro
e a vida foi injusta em qualquer jeito
para a chama indelével que ainda arde
e os filhos são bonitos no seu peito
pois é…,
mas agora,
agora já é tarde…

e nos papéis antigos
que rasgamos
há sempre meia dúzia
que guardamos
são os planos da conquista do Polo Norte
que fizemos aos sete anos
escondidos no sótão, uma tarde
e estiveram perdidos trinta anos
e agora, se calhar,
maldita sorte,
por desnorte, acaso ou esquecimento
alguém já descobriu o Polo Norte e
agora…,
agora pronto,
agora já é tarde!

há sempre nas gavetas
escritores secretos, cientistas e doutores
desenhos e projectos construtores
feitos em meninos
de tudo o que sonhámos fazer
quando fosse a nossa vez
cientistas em busca de Plutão
arqueólogos no Egipto
viajantes sempre sem destino,
futebolistas de sucesso no Inter de Milão…

e o curso da vida foi traidor
e o curso da vida foi cobarde
e o ciclo do tempo completou-se
e agora...,
agora pronto, paciência,
agora já é tarde.

agora é tarde
emprego, casa, filhos muito queridos
algum sonhar ainda com os amigos
às vezes sair,
beber uns copos para esquecer
ou para lembrar
e fazer ainda um certo alarde
talvez para esconder ou para abafar
como é já tão demasiado
e tão impiedosamente tarde

mas não
não, nunca é tarde
para sonhar
amanhã partimos todos para Istambul
Vladivostock, Alaska, Oslo, Dakar
vamos à selva a Timor
abraçar aquela gente,
e às montras de Amesterdam
que eu afinal, também não sou diferente.

chegando a Tóquio,
são horas de jantar
depois temos de voltar a Bombaim,
passando por Macau e Calcutá
que eu encontro Portugal em todo o lado
e mesmo fugindo,
nunca saio de mim
e se esse marinheiro, galã, aventureiro
esse, que já não há,

mas que me saiba cumprir com coerência
nos limites decentes da demência
nos limites dementes da decência
e cumpramo-nos todos, já agora, até ao fim,
no que fazemos,
na diferença do que formos e dissermos
e perguntando, criando rebeldias,
conferindo aquilo que acreditamos
e que ainda formos capazes de sonhar…

…e se aquilo, aquilo que nos dão todos os dias
não for coisa que se cheire
ou nos deslumbre
que pelo menos nunca abdiquemos de pensar
com direito à ironia, ao sonho, ao ser diferente
e será talvez uma forma inteligente
de afinal,

nunca

nunca

nunca ser tarde demais para viver
nunca ser tarde demais para perceber
nunca ser tarde demais para exigir
nunca ser tarde demais para acordar

Agora não é tarde de Pedro Barroso no álbum Navegador do Futuro
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Gestão das emoções

11/11/2011

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_ Problemas na gestão das emoções são uma causa frequente da procura de acompanhamento psicológico. Muitas vezes procuramos ajuda porque nos sentimentos a sucumbir à tristeza, ou porque não controlamos a nossa zanga, ou porque não conseguimos sentir alegria e entusiasmo pela vida, entre outros problemas de foro emocional.

Tendencialmente dicotomizamos as emoções em dois tipos: as agradáveis (como a alegria, o entusiasmo, o amor) e as desagradáveis (como a tristeza, a zanga, o medo, a vergonha). As primeiras são, regra geral, socialmente aceites e incentivadas. As desagradáveis, pelo contrário, são geralmente temidas e vistas como algo a esconder, frequentemente até de nós próprios.
Estranho que possa parecer, as emoções, mesmo as desagradáveis, têm um papel fulcral na nossa vida que passamos a clarificar.

As emoções não são boas nem más, positivas ou negativas; podem ser umas mais agradáveis e outras mais desagradáveis, mas são todas fundamentalmente adaptativas, o que significa que nos orientam para a sobrevivência. De certa forma, o que as emoções fazem é regular a nossa atenção, monitorizando o ambiente para situações de relevância adaptativa e alertando a nossa consciência para essas situações.

Apesar de todas nos orientarem para a sobrevivência, têm funções diferentes umas das outras:
  • As emoções desagradáveis protegem-nos do perigo e orientam-nos para objectivos e para acções específicos;
  • As emoções agradáveis motivam-nos para explorar o mundo que nos rodeia de forma proactiva e restituem o equilíbrio depois de experiências emocionais desagradáveis.
Dou alguns exemplos:
  • A zanga e o medo alertam-nos para o perigo;
  • A compaixão permite-nos responder à dor dos outros;
  • A tristeza e o amor aproximam-nos das pessoas;
  • A vergonha e a culpa avisam-nos para a possibilidade de exclusão do grupo;
  • E a alegria engrandece a vida e promove a busca de felicidade.
As emoções são extremamente ricas, têm uma componente informativa/auto-reguladora, uma componente comunicacional, e uma componente motivacional e de acção.

Componente informativa/auto-reguladora
As emoções informam-nos dos nossos estados internos e motivam-nos para responder às nossas necessidades no momento.

Componente comunicacional
As emoções informam os outros de como nos sentimos e incitam a que reajam conforme as emoções que pressentem em nós.
As emoções são as estruturas que guiam as nossas vidas, especialmente nas relações com os outros.

Componente motivacional e de acção
As emoções estabelecem objectivos prioritários e organizam-nos para acções específicas.

Por exemplo:
  • O medo, ao alertar-nos para o perigo, estabelece o objectivo de escape e orienta-nos para a acção de fuga;
  • A zanga, ao sinalizar perigo à minha dignidade/ao meu crescimento, ou uma injustiça, estabelece o objectivo de ultrapassar obstáculos, corrigir a situação ou prevenir que se repita, e orienta-nos para o ataque;
  • A alegria, por sua vez, orienta-nos para nos abrirmos ao exterior e aproximarmo-nos dos outros.
As emoções determinam ainda a nossa interpretação dos acontecimentos, de certa forma precedem a razão: a emoção sinaliza o perigo, a razão dá sentido à experiência; a emoção estabelece os objectivos, a razão ajuda a atingi-los. Mas ambas estão profundamente interligadas: sem a emoção a nossa razão não sabe sobre o que actuar, sem a razão a nossa emoção fica perdida ou descontrolada, não sabe como actuar.


Quando é que as emoções podem ser problemáticas?

As emoções, ao estarem presentes nas nossas vidas desde muito cedo, antes mesmo de conseguirmos pensar/raciocinar, têm um papel muito importante na nossa aprendizagem e uma influência profunda na nossa experiência, no nosso comportamento e na forma como interagimos com os outros. Ao longo do nosso desenvolvimento, vamos sendo expostos a situações que desencadeiam determinadas emoções. O registo destas nossas experiências subjectivas, repletas de carga afectiva, constitui os nossos esquemas emocionais – a forma como nos vemos a nós próprios, ao mundo e aos outros, e as nossas tendências de acção. Por sua vez, os nossos esquemas emocionais influenciam de forma automática o significado que atribuímos às situações com que nos deparamos no presente e determinam as nossas respostas emocionais e cognitivas conscientes.

Assim, se expostos de forma prolongada e/ou repetitiva a situações que desencadeiam, por exemplo, emoções de vergonha, especialmente na infância, tendemos, mesmo em adultos, a estar, por um lado, particularmente alerta para situações em que somos humilhados ou nos sentimos desadequados, e aprendemos, por outro, que o mundo é um lugar onde as pessoas nos humilham e/ou com o qual não temos competência para lidar. De certa forma, a emoção vergonha, adequada às situações de humilhação ou descrédito vividas no passado, poderá ter deixado de estar adequada no presente, mas de tão enraizada, continua a orientar a nossa atenção e a nossa acção.
Este mesmo exemplo pode ir mais longe, se uma das estratégias que tivermos desenvolvido para lidar com a vergonha for a zanga, de tão sensíveis a sinais de humilhação e descrédito que somos, podemos facilmente activar esta última emoção (a zanga) numa situação em que antecipo (por vezes erradamente) que vou ser humilhado ou desacreditado. Sentindo-se injustiçados, os outros poderão atacar-me de volta ou evitar relacionarem-se comigo, o que pode manter ou piorar o problema inicial, mas dificilmente o melhora. Por outro lado, se este comportamento compensatório de zanga face à possibilidade de ser humilhado for frequente, eu poderei deixar de me aperceber da emoção primária que está na base desta minha reacção (a vergonha), e ao deixar de estar em contacto com a minha experiência primária, o que pode trazer um certo alívio, crio em contrapartida os tais problemas potencialmente mais complexos, e dificulto a resolução da questão de base.

 
Quais são as soluções?

A resposta é Regulação Emocional. O importante ou desejável não é anular os nossos sentimentos negativos ou deixar de ter sentimentos de todo, mas poder regulá-los, de forma a sermos nós a controlá-los a eles e não eles a controlar-nos a nós.

A regulação das emoções tem dois componentes: por um lado é importante regular a experiência emocional, por outro regular a expressão emocional. E é importante, de facto, distingui-los: experienciar uma emoção não implica necessariamente agi-la, e mesmo expressá-la não tem de ser feito de uma forma dura e inapropriada.

Regulação da experiência emocional
Na regulação da experiência emocional, é importante permitirmo-nos aceder às nossas emoções, entrarmos em contacto com elas, para as podermos simbolizar (dar-lhes um significado coerente) e integrá-las na nossa visão de nós próprios (reconhecermos que elas fazem parte de nós).

Regulação da expressão emocional
No que toca o expressar aos outros as nossas emoções, é importante gerir quando, nem sempre os outros estão disponíveis ou eu estou preparado, e gerir com quanto controlo da minha parte: se me controlo demasiado e não expresso de todo o que sinto, fico com as minhas emoções entaladas e não dou a possibilidade ao outro de vir ao encontro das minhas necessidades; se não controlo de todo a expressão das minhas emoções, dificilmente reparo nos sinais do outro de que não está no momento disponível e corro o risco de o sobrecarregar e afastá-lo.

 
Frequentemente este trabalho não é fácil sozinho, poder inicialmente experienciar e expressar as suas emoções mais dolorosas no seio de um ambiente seguro e aceitante, poderá facilitar muito este processo.

Baseado no livro Working with emotions in psychotherapy de Leslie Greenberg e Sandra Paivio

Clique para aceder a mais textos relacionados com problemas emocionais
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O poder da vulnerabilidade

2/11/2011

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Deixo-vos o link para uma conferência TED sobre o poder da vulnerabilidade. Vale a pena.
http://www.ted.com/talks/lang/eng/brene_brown_on_vulnerability.html
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Sobre o riso

1/11/2011

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“No alto, como se fosse a arcada deste templo da volúpia, estala o riso, transe delicioso da felicidade, cúmulo extremo do gozo. Riso do gozo, gozo do riso. Incontestavelmente, este riso está além da brincadeira, da troça e do ridículo. As duas irmãs estendidas sobre a cama não riem de nada em concreto, o riso delas não tem objecto, é a expressão do ser que se regozija por ser. Tal como, ao gemer, aquele que tem uma dor se amarra ao segundo presente do seu corpo que sofre (e está, todo ele, fora do passado e do futuro), aquele que começa a rir com este riso de êxtase não tem memória nem desejo, porque lança o seu grito ao segundo presente do mundo e não quer conhecer nada além desse segundo.”

“O domínio do mundo, como se sabe, é partilhado por anjos e demónios. No entanto, o bem do mundo não implica que os anjos tenham vantagem sobre os demónios (como eu pensava quando era criança), mas que os poderes de uns e outros estejam mais ou menos equilibrados. Se há no mundo demasiado sentido incontestável (o poder dos anjos), o homem sucumbe sob o seu peso. Se o mundo perde todo o significado (o reino dos demónios), também não se pode viver.

As coisas, inesperadamente privadas do seu sentido suposto, do lugar que lhes é atribuído na ordem pretensa das coisas (…), provocam-nos o riso. Na origem, o riso é, portanto, do domínio do diabo. Tem algo de maléfico (as coisas revelam-se de repente diferentes daquilo por que se faziam passar) mas também tem em si uma parte de alívio benfazejo (as coisas são mais leves do que pareciam, deixam-nos viver mais livremente, cessam de nos oprimir sob a sua séria austeridade).”
Milan Kundera In O livro do riso e do esquecimento
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    Autora

    Joana Fojo Ferreira
    Psicóloga Clínica

    Psicóloga Joana Fojo Ferreira
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