Natal é tempo de aconchego, de quentinho, de dar e receber, de carinho.
E o Natal nem sempre é fácil, tanto pode puxar pela alegria, pelo sentimento de pertença, como pode avivar a solidão, a nostalgia, a desesperança. De um ponto de vista bíblico, Natal é quadra de nascimento, de esperança, de início de um ciclo, e segundo o calendário é quadra de fechamento, fim de ano, fim de um ciclo. Como tantas outras coisas na vida, o Natal fica aqui neste ínterim e deixa-nos muitas vezes também a nós aqui. Espero contudo que o seu Natal seja mais aconchegante que solitário, mais alegre que nostálgico, mais esperançoso que derrotista. Que possa aproveitar o bom que o Natal lhe pode dar e possa dar também o seu sorriso e o seu abraço a quem for importante para si neste Natal. Feliz Natal!
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Estão três pessoas a pôr tijolos e passa um homem que pergunta a cada uma “o que é que está a fazer?”. A primeira responde “estou a assentar tijolo”, a segunda responde “estou a montar uma parede”, a terceira responde “estou a construir uma catedral”. Quando olha para a sua vida o que é que vê? No que é que está a investir?
Facilmente caímos no erro de achar que a vida é o que é e que não temos qualquer poder sobre ela, mas será de facto assim? Na história inicial, três pessoas, de um ponto de vista externo, partilham a mesma realidade, estão a pôr tijolos, mas de um ponto de vista interno, cada uma tem diferentes perspectivas do que está a fazer, dá um significado diferente ao seu trabalho, o que sugere uma postura diferente perante a vida. A primeira parece olhar o mundo de um ângulo muito estreito, focada na tarefa mas com pouca visão da imagem maior, do objectivo, do propósito. Há momentos em que este modo é importante, focarmo-nos no aqui e agora, sem passado nem futuro, a estar simplesmente; mas é arriscado estarmos sempre aqui; perdendo o objectivo maior, a visão macro, corremos o risco de desmotivar, perder o rumo, perder o sentido da vida. A segunda já parece ter aumentado um bocadinho o ângulo, já tem esta perspectiva maior, já há um propósito, um objectivo; a esta o que parece faltar é a visão mais sonhadora, mais idealista; há uma ideia dos objectivos intermédios mas faltam os objectivos maiores, os projectos de vida. A terceira parece ter o ângulo mais abrangente; há um projecto de vida no qual está a investir, para o qual está a trabalhar. Há também um potencial risco nesta postura; se ficarmos só pelo objectivo último, sem investir nas capacidades e ferramentas que precisamos para o alcançar, corremos o risco de nunca o realizar. Não parece contudo ser o caso aqui, há um sonho mas há também o pô-lo em prática e começar a construí-lo do princípio. Clarificadas estas três formas de estar e olhar para a vida, urge questionar: Primeiro, onde é que eu me coloco? E segundo, o que é que eu quero fazer da minha vida? Quero assentar tijolo, montar uma parede ou construir uma catedral? No sentido de se conhecer melhor, por um lado, e se potenciar, por outro, venho sugerir-lhe o seguinte exercício: Desenhe um quadrado No canto inferior esquerdo coloque a sua melhor qualidade E no canto inferior direito o oposto dessa qualidade. Agora por cima da qualidade, no canto superior esquerdo, coloque o que é que pode ser negativo nesta qualidade se a exagerarmos E por cima do oposto, no canto superior direito, o que é que pode ser positivo neste oposto se o usarmos com moderação. Por fim pergunte-se: Onde é que eu me situo no contínuo positivo e negativo da minha qualidade? E se der por si a pender mais para o negativo, a dar mau uso à sua qualidade, inspire-se no positivo do oposto, equilibre a sua qualidade com as características positivas do oposto dela. |
Autora
Joana Fojo Ferreira Acompanhe as atualizações nas redes sociais
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