JOANA FOJO FERREIRA
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Um revisitar da assertividade

13/9/2022

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Há vários anos atrás escrevi um texto sbre assertividade, salientando o lado expressivo dela, que se passeia entre a passividade e a agressividade. Escrevia eu:

“Se delinearmos uma linha com a passividade num extremo e a agressividade no outro, o comportamento assertivo passeia-se por esta linha, por vezes aproxima-se mais de um extremo, por vezes mais do outro, mas nunca chega a atingir nenhum dos polos, nem fica indefinidamente na mesma posição.
O que é que justifica a mudança de posição na linha?
A situação.
A assertividade envolve expressar pensamentos, sentimentos e crenças de maneira directa, clara, honesta e apropriada ao contexto. Ou seja, num contexto tranquilo, sem grandes ameaças à minha identidade, aos meus direitos, o comportamento adequado (assertivo) aproxima-se mais do polo da passividade, numa postura receptiva, de permissão da proximidade do outro, com as defesas em baixo; num contexto hostil, em que os meus direitos são ameaçados e a minha identidade é desrespeitada, o comportamento adequado (igualmente assertivo porque de acordo com a situação) aproxima-se mais do polo da agressividade, em que as minhas defesas estão alerta e coloco limites à proximidade do outro no sentido de me proteger.”

Continuo a achar esta clarificação importante, mas gostava de acrescentar também uma dimensão mais reflexiva/introspetiva da assertividade, cuja importância se tem salientado para mim nos últimos anos.

Ou seja, para que eu me posso expressar de forma assertiva, preciso primeiro identificar as minhas reacções emocionais e as minhas necessidades por detrás delas. E para mim, este trabalho interno de reconhecimento/awareness faz necessariamente parte da postura assertiva, começa ali de certa forma.

Então, enquanto terapeuta, se um dos objetivos com determinado paciente é ajudá-lo a desenvolver a capacidade de se afirmar e ser mais assertivo, eu começo impreterivelmente por ajudá-lo a reconhecer o seu mundo interior, as suas necessidades – o que é que o ativa? A que é que reage? Onde e como é que determinadas situações lhe tocam? Que necessidades fundamentais não estão a ser e precisam ser satisfeitas/cuidadas?…

E é este trabalho interno que viabiliza posteriormente o expressar-se assertivamente. A capacidade de se afirmar começa por dentro, por encontrar a própria voz, por aquilo que eu gosto de chamar, inspirada no Carl Rogers, apessoar-se, tornar-se pessoa.

E o treino da assertividade (a parte expressiva) de forma precipitada, sem este reconhecimento interno, é arriscado, corre o risco de ser vazio, não ter sustentação, e portanto nem ter capacidade de perdurar no tempo, perder-se facilmente, nem ser verdadeiramente assertivo, porque não se digeriu, não se mastigou internamente o que é que eu identifico precisar e o que é que eu intuo que são também as reacções emocionais e necessidades do outro por detrás do comportamento que me incomodou.

A assertividade precisa crescer de dentro para fora e abraçar este contínuo de se ir expressando para fora, voltando sempre ao dentro para se fortalecer e quando necessário se reposicionar.

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    Autora

    Joana Fojo Ferreira
    Psicóloga Clínica

    Psicóloga Joana Fojo Ferreira
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