Venho propor-lhe um exercício:
Feche os olhos, entre em contacto com o seu corpo e imagine-o como se fosse uma casa. E pense nas paredes desta sua casa. Como é que são as minhas paredes, o interior das minhas paredes? E partindo do princípio que existem de facto paredes e estão de pé, são tipo compactas, consistentes, perfeitamente alinhadas e uniformes, perfeitamente unidas, sem espaços vazios; ou são mais desalinhadas, com alguns espaços por preencher, com um aspecto mais débil, menos consistente? Já identificou o seu tipo de parede? Então pense agora, e independentemente da parede que tem, que tipo de parede é que queria ter? Qual é a melhor parede? Já se decidiu? Então vamos lá ver. Podíamos fazer um exercício de pensar quão próximo ou quão afastado está da sua parede ideal, mas não é esse o exercício que proponho aqui. Desta vez vamos mesmo tentar perceber qual a melhor parede para nós. A primeira opção é a parede mais sólida mas também mais rígida; a segunda opção é a parede menos consistente mas mais flexível. Quando as condições exteriores se mantém constantes/intactas, a parede mais rígida é a que parece funcionar melhor, mantém a casa de pé e com imponência, segura de si; o problema é quando as condições se alteram, quando um sismo abala as nossas vidas; aí a parede rígida, sem espaço para ajustes, parte na sua estrutura e a casa cai; já a parede mais flexível abana, acompanha o movimento do abalo, adapta-se, reajusta-se, e mantém-se de pé. Questione-se então outra vez, qual a melhor parede para a minha casa? E nesta escolha, reflicta para o que é que quer estar preparado, para uma vida estável, sem percalços, ao sol; ou para uma vida em que possa saborear o sol mesmo em dias de vento.
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Autora
Joana Fojo Ferreira Acompanhe as atualizações nas redes sociais
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