_ Quando penso em direitos humanos lembro-me imediatamente da dificuldade que muitas vezes temos em contemplar os nossos próprios direitos.
Quantas vezes ao longo do nosso desenvolvimento nos fomos perdendo de nós próprios, descurando as nossas necessidades, muitas vezes perdendo mesmo o contacto com elas, e habituámo-nos a viver em função de “deveres” que nos foram incutidos e de expectativas que sentimos que os outros nos colocam. Todos temos necessidades psicológicas fundamentais que precisam ser cuidadas: O direito ao afecto O direito à afirmação da nossa identidade O direito à diferença O direito ao respeito pelas nossas diferenças e pelas nossas fragilidades O direito a viver as nossas emoções: direito à tristeza, à alegria, à zanga, ao medo, à vergonha O direito a procurar proximidade/intimidade O direito a movimentos de autonomia O direito de procurar prazer O direito de dizer “não” O direito de nos protegermos e de nos defendermos de ataques, de abusos, de solicitações exageradas O direito a termos as nossas merdas O direito a expressarmo-nos de acordo com os nossos interesses e as nossas necessidades Neste dia mundial dos direitos humanos, aproveitemos para nos questionar quanto é que temos olhado para as nossas necessidades psicológicas mais fundamentais e quanto é que as temos visto e respeitado como direitos que são. Consciencializarmo-nos dos nossos direitos e respeitá-los é fundamental. Só na medida em que defendemos os nossos direitos, nos conseguimos disponibilizar para tranquila e genuinamente respeitar os direitos dos outros.
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Autora
Joana Fojo Ferreira Acompanhe as atualizações nas redes sociais
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